Oi gente linda!
Nem deu tempo de escrever fim de semana, maior correria, hehe. Também, não tinha grandes coisas pra contar... Só a mesma rotina de sempre, uma rotina que só em países organizados assim consegue ficar tão assustadoramente previsível. Pra vocês terem uma idéia, eu pego o metro sempre nos mesmos dois horários: 7:29, quando eu saio de casa com mais calma e chego no trabalho com antecedência, ou 7:34, quando eu me atrasei um pouquinho me arrumando e vou chegar no trabalho bem em cima da hora. Nunca atrasa, nem meio minuto. 7:29, 7:34 e eu ainda rio sozinha por dentro quando o metrô chega e eu confiro no relógio. E depois na estação final eu pego um ônibus até o trabalho, e eu já sei, pelo metrô que peguei, qual vai ser o motorista do ônibus que eu vou pegar. Quando pego o metrô de 7:29 chego no ônibus pilotado por um moreno emburrado, quando pego o de 7:34, é um carequinha simpático que dá um mega "Bom Dia!" pra todo mundo que entra. E até os passageiros são os mesmos, todos pegando o mesmo ônibus no mesmo horário! Tem o carinha com uma perna torta e mais curta, mas todo atlético e sempre com roupas de ginástica, tem a moça com cheiro de vela (é, eu não sei bem porque, mas ela tem cheiro de essência de velas!) e um cabelo gigante cacheado e quase branco de tão loiro, também tem uma guria que eu tenho 99% de certeza que é Brasileira, mas ainda não peguei ela falando em Português... E teve até o dia em que o carinha da perna torta tava flertando com a suposta-brasileira! É quase uma novela ao vivo, huahuahua!
Bom, mas fora essas rotinas doidas, o Tiago já tá todo engajado na cena cult Vancouveriana, e descolou uma festa pra gente ir esta sexta. Uma festa numa república montada por um Israelita vindo dos kibbutz, numa casa gigante e maravi-linda, toda com panos coloridos e almofadas indianas espalhadas por todos os cantos, com arranjos de flores secas e luzinhas de natal pendurados pelo teto e descendo pelas paredes destruídas (de propósito) e vigas expostas. E a festa era um show de um conjunto de Marimba, Baixo (não o elétrico, o gigante), Saxofone e Bateria. Uma doideira! Tocando músicas meio indianas, meio espanholas, muito viajadas, pra uns 40 bichos-grilos espalhados pelas almofadas. Adivinha quem adorei?! Huahuahuahua. Foi muito maneiro! E teve chá, e teve incenso, e teve miçangas, e teve belisquetes naturebas de cenourinhas e gororobas boas! Foi tudibão! E ainda teve um show de comédia no final HUAHUAHUA (sou muito má): As últimas músicas do conjunto alternativo foram mais "dançantes", e aí nós pudemos concluir que gringos-hipsters dançam tão mal quanto os gringos-comuns, hahaha.
Mas é sério, gente... Fora uma menina de saia azul que estava seriamente recebendo um santo e uma loura alta que eu ainda não decidi se estava tendo um ataque epiléptico ou tentando se livrar de sanguessugas, meus passos de dança favoritos foram:
O vexame do bambolê invisível
Os últimos suspiros do pato com escoliose
A aula de aeróbica des-rítmica
E o galope da égua empalada
A coisa tava tão feia que até o Tiago (O TIAGO!) se empolgou e sentiu que no meio desse zoológico desengonçado a gente podia até abafar num dois-pra-cá-dois-pra-lá forrózeado pra homenagear a Tupinicolândia. E eu, adorei a promoção inesperada, de patinho feio que sempre fui no país do samba no pé, pra dançarina above average no meio da gringalhada! E olha que eu só sinto metade da minha parte dançante (e a outra metade veio prejudicada de nascença mesmo), hahaha.
Mas foi uma noitada divertida e animada, pra balangar os esqueletos e curtir um pouco... Mas matei minha amazônia no dia seguinte, tsc tsc tsc. Não ia ter condições de acordar às 6 tendo ido dormir às 2... :/
E foi isso, pessoal, agora é curtir o restinho da preguiça do fim de semana! Beijos nocês tudos!