As aventuras de dois gatinhos vira-latas Brasileiros em terras Canadenses

Sunday, November 8, 2015

O Título poderia ser Festa Estranha com Gente Esquisita, mas achei que ia ficar muito clichê

Oi gente linda!

Nem deu tempo de escrever fim de semana, maior correria, hehe. Também, não tinha grandes coisas pra contar... Só a mesma rotina de sempre, uma rotina que só em países organizados assim consegue ficar tão assustadoramente previsível. Pra vocês terem uma idéia, eu pego o metro sempre nos mesmos dois horários: 7:29, quando eu saio de casa com mais calma e chego no trabalho com antecedência, ou 7:34, quando eu me atrasei um pouquinho me arrumando e vou chegar no trabalho bem em cima da hora. Nunca atrasa, nem meio minuto. 7:29, 7:34 e eu ainda rio sozinha por dentro quando o metrô chega e eu confiro no relógio. E depois na estação final eu pego um ônibus até o trabalho, e eu já sei, pelo metrô que peguei, qual vai ser o motorista do ônibus que eu vou pegar. Quando pego o metrô de 7:29 chego no ônibus pilotado por um moreno emburrado, quando pego o de 7:34, é um carequinha simpático que dá um mega "Bom Dia!" pra todo mundo que entra. E até os passageiros são os mesmos, todos pegando o mesmo ônibus no mesmo horário! Tem o carinha com uma perna torta e mais curta, mas todo atlético e sempre com roupas de ginástica, tem a moça com cheiro de vela (é, eu não sei bem porque, mas ela tem cheiro de essência de velas!) e um cabelo gigante cacheado e quase branco de tão loiro, também tem uma guria que eu tenho 99% de certeza que é Brasileira, mas ainda não peguei ela falando em Português... E teve até o dia em que o carinha da perna torta tava flertando com a suposta-brasileira! É quase uma novela ao vivo, huahuahua!

Bom, mas fora essas rotinas doidas, o Tiago já tá todo engajado na cena cult Vancouveriana, e descolou uma festa pra gente ir esta sexta. Uma festa numa república montada por um Israelita vindo dos kibbutz, numa casa gigante e maravi-linda, toda com panos coloridos e almofadas indianas espalhadas por todos os cantos, com arranjos de flores secas e luzinhas de natal pendurados pelo teto e descendo pelas paredes destruídas (de propósito) e vigas expostas. E a festa era um show de um conjunto de Marimba, Baixo (não o elétrico, o gigante), Saxofone e Bateria. Uma doideira! Tocando músicas meio indianas, meio espanholas, muito viajadas, pra uns 40 bichos-grilos espalhados pelas almofadas. Adivinha quem adorei?! Huahuahuahua. Foi muito maneiro! E teve chá, e teve incenso, e teve miçangas, e teve belisquetes naturebas de cenourinhas e gororobas boas! Foi tudibão! E ainda teve um show de comédia no final HUAHUAHUA (sou muito má): As últimas músicas do conjunto alternativo foram mais "dançantes", e aí nós pudemos concluir que gringos-hipsters dançam tão mal quanto os gringos-comuns, hahaha.

Mas é sério, gente... Fora uma menina de saia azul que estava seriamente recebendo um santo e uma loura alta que eu ainda não decidi se estava tendo um ataque epiléptico ou tentando se livrar de sanguessugas, meus passos de dança favoritos foram:
O vexame do bambolê invisível
Os últimos suspiros do pato com escoliose
A aula de aeróbica des-rítmica
E o galope da égua empalada

A coisa tava tão feia que até o Tiago (O TIAGO!) se empolgou e sentiu que no meio desse zoológico desengonçado a gente podia até abafar num dois-pra-cá-dois-pra-lá forrózeado pra homenagear a Tupinicolândia. E eu, adorei a promoção inesperada, de patinho feio que sempre fui no país do samba no pé, pra dançarina above average no meio da gringalhada! E olha que eu só sinto metade da minha parte dançante (e a outra metade veio prejudicada de nascença mesmo), hahaha.

Mas foi uma noitada divertida e animada, pra balangar os esqueletos e curtir um pouco... Mas matei minha amazônia no dia seguinte, tsc tsc tsc. Não ia ter condições de acordar às 6 tendo ido dormir às 2... :/

E foi isso, pessoal, agora é curtir o restinho da preguiça do fim de semana! Beijos nocês tudos!